terça-feira, 6 de dezembro de 2011

fêmea no chão, elisa lucinda

se estivesse aí
na cama da gente
faria um poema indecente
um poema de vir-ilha
molhado de águas por todos os lados

faria um fado,
faria uma moda de versos
com o cheiro que mora nesse perto
onde agora estou

faria um anel, um anzol de pescar
cheiros e gemidos
cuecas vestidos e lembranças

faria uma criança
que reparasse
no remexido dos panos
na bailarina e no arame

faria um tatame de poesia
feito de água fêmea e chão macho

dormisse eu aí
e aí eu ficasse
faria na sua cama

e seu embaixo
o livre penacho de liras
o murmurar sincero das estrofes
rasgaria as tiras de dentro e de cima
pra serem minhas rimas

domingo, 4 de dezembro de 2011

quede espírito do homossexualismo

li o capítulo "a brecha para o homossexualismo" do livro "onde foi que eu errei?" da sarah sheeva e decidi dividir um trecho com vocês, mostrando meu ponto de vista com uma simples edição.

"os pais não devem aceitar essa condição para seus filhos, nem devem permitir que seus filhos acreditem que são heterossexuais. os pais devem tratar a situção com naturalidade, não no sentido de aceitar a situação, mas no sentido que todos nós estamos suscetíveis a ataques espirituais. e por isso filhos não devem se envergonhar de confessar a tentação ou o pecado. eu creio que ninguem é heterossexual, mas a pessoa está vivendo como heterossexual. está experimentando um desejo heterossexual. mas ela não é heterossexual. em minha opinião, existe um PRÉ-conceito em dizermos que alguém é heterossexual. é a mesma coisa que dizer que a situação é imutável. uma pessoa com desejos heterossexuais não deve ser escrava dessa condição".